A capa de VEJA anuncia o choque de capitalismo promovido pelo PT.
Mas a troca providencial do substantivo privatização pela expressão concessões à iniciativa privada faz com que passemos ao largo de qualquer comparação com o PSDB. Ou não?
As cotas e as bolsas foram criadas durante o período FHC. Ao PT coube o espraiamento da ideia.
O movimento grevista que já provocou a paralisação de quase 50% do funcionalismo público federal também guarda estreita relação com o governo tucano. Como sabemos, remunerar adequadamente os servidores públicos não tem o condão de carrear votos. Talvez tenhamos pela frente o apequenamento das atribuições do Estado, sonho acalentado desde sempre pelo empedernido movimento liberal que domina setores importantes de nossa imprensa.
O mensalão, bem como a larga base aliada alijaram irremediavelmente quaisquer resquícios de oposição. A imprensa, silente qualquer oposição partidária institucionalizada, ocupou o espaço e nesse contexto o choque de capitalismo do PT parece um mensalão feito sob medido a lançar a mordaça da satisfação naqueles que ousavam apontar desvios de comportamento que, ao fim e ao cabo, são devidamente assimilados, eis que ínsitos ao nosso jeitinho de fazer política. Fazem parte da manutenção do status quo.
Já disse o poeta que: "se foi pra desfazer pra que fez?". Há alguma possibilidade de separação dos gêmeos siameses PT e PSDB? Espero que sim.
No mais, 61 milhões de reais será o montante despendido pelos mensaleiros a título de honorários advocatícios. Desculpem, por favor, minha incomensurável inocência, mas não custa perguntar: de onde vem tanto dinheiro?
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