quinta-feira, 8 de agosto de 2013

"Costumes em Comum", de Thompson

Por Máximo



Leio este livro de um dos historiadores da Santíssima Trindade do marxismo inglês, ao lado de Hobsbawm e Perry Anderson. Imprevisível, no melhor humor inglês, expondo um estudo dos costumes dos trabalhadores no século XVIII. Estariam nas "necessidades" e "expectativas" os elementos da "cultura plebeia" que estabelecem o marco entre tradição, o pré-industrial e o mundo moderno. A geração seguinte não tem mais o que aprender com a que a precedeu nessa organização e tempo novos do ritmo industrial. Transformações profundas nas categorias espaço e tempo. Como a "economia moral", "não econômica", pode ser a crítica à racionalidade da industrialização. Thompson fala do "picaresco", do burlesco, utilizados pela "cultura plebeia" como resistência. Leitura excelente, sobretudo quando vemos o humor tirante ao fascismo disfarçado de vanguarda visual sertaneja.

Esse CQC é o Adam Smith com que o fascismo caboclo se diverte. Parece Hitchcok.

SRN

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