Tenho
lido que é um exagero as críticas ao título da Beija-Flor, pois que, no mundo
do carnaval, não há freiras nem padres, tampouco pastores. Graças a Deus. De qualquer modo, não se trata de atestado de
inocência, pois que ninguém é puro nem mesmo nós que somos impolutos e exemplos
de caráter, sem nunca ter cometido um deslize na vida.Trata-se, porém, de uma
questão simbólica, num contexto de recidiva reacionária, que nos deu o
morto-vivo Bolsonaro, passeatas de lobos idiotas e caricaturas de roqueiros
pedindo a volta da ditadura, além de ajustes econômicos de perfil neoliberal
dos anos 90. Agora, a cereja do bolo:
Um enredo premiado, com o maior
patrocínio da história do carnaval, pra exaltar uma ditadura. É, por isso que a
Beija-Flor tem de ver este título criticado e desmoralizado à exaustão.
SRN
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