domingo, 1 de fevereiro de 2015

"O Cometa Itabirano"

Quem desenha e faz história tem sorte dobrada. Quando o historiador Fábio Kuhn, redigindo seu projeto de doutorado, encontrou num casarão antigo, sede do Arquivo Público Municipal, em Laguna, Santa Catarina, inventários e testamentos do século XVIII, tive a sorte de fazer a ilustração em que ele conta a aventura pra página “A História do Historiador” da Revista de História da Biblioteca Nacional.

Agora, de novo, num sebo da Praça Tiradentes, fico sabendo, através de um dos donos da “Academia do Saber”, parente do Grande Artista Itabirano, Genin Guerra, da relação que este manteve com Drummond, o Monstro Sagrado Itabirano. A explicação vem do próprio Genin:


“A história é longa, começou em 1979. Itabira, minha cidade natal, fica a 100 km de Belo Horizonte e na minha época (e ainda hoje), muitos estudantes completavam os estudos na capital. Foi o meu caso. No final dos anos 70 ainda vivíamos a ditadura militar e muitos de nós militávamos no movimento estudantil. Uma turma de amigos e eu, insatisfeitos com os jornais que circulavam em Itabira com conteúdo fútil das colunas sociais, resolvemos criar um jornal inspirado no Pasquim, jornal Movimento, Opinião etc. O jornal se chama (ele ainda existe) O Cometa Itabirano e um dos objetivos era divulgar a obra do nosso conterrâneo mais famoso: O Drummond. Na época, muita gente torcia o nariz por causa dos versos: " Itabira é apenas um retrato na parede, mas como dói".

SRN


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