Quem
desenha e faz história tem sorte dobrada. Quando o historiador Fábio Kuhn,
redigindo seu projeto de doutorado, encontrou num casarão antigo, sede do
Arquivo Público Municipal, em Laguna, Santa Catarina, inventários e testamentos
do século XVIII, tive a sorte de fazer a ilustração em que ele conta a aventura
pra página “A História do Historiador” da Revista de História da Biblioteca
Nacional.
Agora,
de novo, num sebo da Praça Tiradentes, fico sabendo, através de um dos donos da
“Academia do Saber”, parente do Grande Artista Itabirano, Genin Guerra, da
relação que este manteve com Drummond, o Monstro Sagrado Itabirano. A
explicação vem do próprio Genin:
“A
história é longa, começou em 1979. Itabira, minha cidade natal, fica a 100 km
de Belo Horizonte e na minha época (e ainda hoje), muitos estudantes
completavam os estudos na capital. Foi o meu caso. No final dos anos 70 ainda
vivíamos a ditadura militar e muitos de nós militávamos no movimento
estudantil. Uma turma de amigos e eu, insatisfeitos com os jornais que
circulavam em Itabira com conteúdo fútil das colunas sociais, resolvemos criar
um jornal inspirado no Pasquim, jornal Movimento, Opinião etc. O jornal se
chama (ele ainda existe) O Cometa Itabirano e um dos objetivos era divulgar a
obra do nosso conterrâneo mais famoso: O Drummond. Na época, muita gente torcia
o nariz por causa dos versos: " Itabira é apenas um retrato na parede, mas
como dói".
SRN
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