Faz um mês do assassinato dos cartunistas franceses. E não cabe considerar nem
argumentos de “fatura compensatória”, uma espécie de troco do Oriente ao
Imperialismo Ocidental, tampouco desqualificar quem procura tentar entender o
que ocorreu como cúmplice de assassinos. Idiotas e hipócritas, de resto,
continuam sempre a postos.
Entretanto,
uma das conseqüências é refletir sobre o mito do suposto cartunista iconoclasta
libertário, como se fôssemos todos portadores de uma pureza à que nada nem
ninguém pode macular na sua perfeição. Certo, ler ‘O Humor’, de Freud, talvez
canse. Mas, ver as charges da época do golpe de 64, publicadas na grande
imprensa, certamente, não. Aliás, ler o texto do historiador Rodrigo
Patto sobre as representações verbais e visuais da grande imprensa, entre 64 e
69, também não.
A propósito, como havia cartunista reacionário e golpista: Hilde, Brigante, Orlando Mattos.
Havia?
SRN
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