quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Plural Majestático

Por 28



A tentação é grande, não fosse pelo ridículo. Além disso, ser Flamengo nada tem com vaidade ou humildade, na verdade, passa ao largo destas categorias para se afirmar antes o que desde sempre é, numa palavra: existência.

No Nação nunca uso, tampouco quem lá escreve,  o plural majestático, apesar de, no fundo, todo Rubro-Negro possuir o tropismo à primeira pessoa do plural. Ainda bem que lá não aparece nada da fauna das laranjeiras nem os vizinhos do pinel, tampouco os de segunda de são cristóvão. Obtusos pela própria condição, não percebem o ridículo e, dentre eles, há os mais ridículos, alguns de fraque e cartola de veludo vestindo alguém do resto do Rio, a 40 graus, fantasiado de aristocrata.


O plural majestático era uma concessão dos reis portugueses até o absolutismo, quando cansam de bancar o que não são e decidem abandonar a humildade postiça. Do mesmo modo a Igreja feudal, talvez pela culpa da consciência de se ver cada vez mais rica e poderosa em face do cristianismo original e primitivo.


Agora calculem o ridículo de uma situação nova, criada pra ser uma tradição inventada.

Calculem ainda o pior: uma tradição inventada, cheia de bolinhas, agarrada à força na roça do tietê por Juju, Ceni e Zetti.

A vontade de rir é tanta que não dá pra completar este e-mail.

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