Como
isso é difícil. E como é fácil se esconder, pra jogar pra arquibancada, como
fazia o Tita, querendo a camisa 10, nas
poucas vezes em que o Zico não jogava.
Como
é difícil defender aquilo que, em ações, tem de ser derrotado, cujo exemplo
último é o PL 257/16.
Como
é difícil a palavra de ordem vazia diante de uma boa leitura. Em “Poder
Político e Classes Sociais’, Poulantzas escreve que o materialismo dialético
não é a simples epistemologia do materialismo histórico. O que isso quer dizer?
Que o materialismo dialético não é a mera teorização da experiência vivida?
Nele pode-se ir além, formular hipóteses, propostas de luta, de superação e
transformação do que foi vivido?
“O
econômico, o político, o ideológico não constituem essências prévias que entrem
em seguida em relações externas de acordo com o esquema ambíguo da base e da
superestrutura. A articulação, própria à estrutura do todo de um modo de
produção, comanda a constituição das instâncias regionais” (POULANTZAS,
1977:16)
É
preciso acompanhar o movimento imbricado dessas instâncias pra se saber o
papel, a importância que têm em determinado momento. Hoje, por exemplo,
16/4/16, véspera da votação do impedimento no plenário da Câmara: que sentido
há no argumento jurídico, na retórica da legalidade, quando contradizem as
instâncias predominantes no momento que são as do político e do ideológico?
Não
fode. O Rio está fritando em pleno outono...
SRN