sábado, 16 de abril de 2016

Mal menor...


Como isso é difícil. E como é fácil se esconder, pra jogar pra arquibancada, como fazia o Tita, querendo a camisa 10,  nas poucas vezes em que o Zico não jogava.
Como é difícil defender aquilo que, em ações, tem de ser derrotado, cujo exemplo último é o PL 257/16.
Como é difícil a palavra de ordem vazia diante de uma boa leitura. Em “Poder Político e Classes Sociais’, Poulantzas escreve que o materialismo dialético não é a simples epistemologia do materialismo histórico. O que isso quer dizer? Que o materialismo dialético não é a mera teorização da experiência vivida? Nele pode-se ir além, formular hipóteses, propostas de luta, de superação e transformação do que foi vivido?
“O econômico, o político, o ideológico não constituem essências prévias que entrem em seguida em relações externas de acordo com o esquema ambíguo da base e da superestrutura. A articulação, própria à estrutura do todo de um modo de produção, comanda a constituição das instâncias regionais” (POULANTZAS, 1977:16)
É preciso acompanhar o movimento imbricado dessas instâncias pra se saber o papel, a importância que têm em determinado momento. Hoje, por exemplo, 16/4/16, véspera da votação do impedimento no plenário da Câmara: que sentido há no argumento jurídico, na retórica da legalidade, quando contradizem as instâncias predominantes no momento que são as do político e do ideológico?
Não fode. O Rio está fritando em pleno outono...
SRN

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