A
política foi pras ruas colocada pela direita. Um palhaço vestido de Tio Sam, o
cartum de mangá do MBL, o velhote torturador – tipos, enfim, com financiamento
certo e objetivo explícito. Missão cumprida, vão sumir, por inúteis e falta de
verba.
Todavia,
não é o caso da classe média paulistana. E aí vale o verbete de Bobbio, em seu “Dicionário
da Política”. Uma das explicações para o fascismo italiano, em seu início, era
a classe média tanto contra o proletário, quanto contra o burguês. O fenômeno
não se desenvolveu em plenitude em virtude da II Guerra.
Em
todas as explicações, de caráter generalizante, há um consenso: o autoritarismo
é um truísmo da sociedade industrial moderna. Não escapamos nem ao fascismo como uma expressão da classe média. A
direita não precisa mais da rua. O Parlamento bastará. Mas, a política
continuará nas ruas, no melhor exemplo que já tivemos recentemente que é a
ocupação das escolas pelos estudantes em ondas progressivas, mobilizando e
articulando novos movimentos, novas demandas, A Secretaria de fazenda do Estado
já foi tomada pelos funcionários atacados pelo atraso, pela falta de pagamento,
pelo ajuste fiscal.
A
política não pode mais sair das ruas, e quais os agentes sociais que irão
ocupá-las?
Duvido
que a classe média paulistana insistirá na ladainha, com camisa da CBF, “mais
ordem, mais deveres, menos direitos.”
SRN
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