Temos
parte do território disputado a fuzil por três facções do tráfico e milícias, a
Rocinha debruçada sobre São Conrado, a Cerro Corá a poucos metros da mansão do
Roberto Marinho, a praia e o arrastão. Somos a Maior Nação, Rubro-Negra. Não
temos, cariocas, outra saída histórica senão a democracia inclusiva, mais cedo
ou mais tarde. Aliás, mal ou bem já fazemos isso, há muito, com todo mundo,
Diante de tanto farisaísmo dos últimos dias, cariocas deveríamos ser mais
provincianos e esquecer o resto do País, que nos inveja, mas que vive nos
esculachando.
Há
tempos em Brasília, numa roda, o único carioca era eu. Todo mundo falando mal
da minha Cidade: "não sei por que o Rio tem tanta fama." O outro:
"e nem é tão bonito assim, Tem lugar mais bonito." O seguinte;
"só tem bandido." Meia-hora nesse papo. Ao final, saí perguntando:
você é de onde? O cara disse. E você? o outro responde. Até que, depois do
último, fechei a tampa: curioso. Há meia hora vocês estão falando mal da minha
Cidade. Mas, eu nunca ouvi falar de onde vocês vieram.
Saúde,
Jaguar e Moacir Luz, dois cariocas, na veia, em um desenho que fiz, há tempos,
pruma exposição sobre samba.
SRN
P.S.
Ia me esquecendo: o paulista mais incensado é carioca, nascido em Botafogo e
criado em Copacabana: Fernando Henrique Cardoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário