domingo, 1 de abril de 2018

"Por que o Rio", ratazana?

Não tenho paciência pra quem não gosta do Rio. Cariocas, aliás, deveríamos ser mais provincianos, embora jamais superaríamos, neste aspecto, qualquer paulista dos demais estados da federação. Não cabe mais, pelo visto, o “estado de espírito” com que Vinícius de Moraes referia-se às demais capacidades - mineira, pernambucana etc – com que transformavam-se em carioca, sempre bem-vindas. A começar pela capacidade de Michel Temer. Hoje, Lauro Jardim publicou que, em Davos, Temer quis orientar o New York Times a corrigir a estada do seu correspondente no Brasil. “Por que o Rio, se a política está em Brasília e a economia em São Paulo?” Temer não passaria mesmo de um traço no Ibope não fosse o Rio, para o bem ou para o mal. Precisou de o Globo de Lauro Jardim, jornalista aqui no Rio, pra sair dos dutos subterrâneos onde opera sua política e ganhar protagonismo nacional. Agora usa o Rio, no que qualifica de uma “jogada de mestre”, pra ressuscitá-lo, livrá-lo da luz do sol que ilumina, péssima pra determinados tipos de filmes B, o que dirá para um Temer, que não passa disso. Aqui, Getúlio se matou pra entrar pra História. Daqui, sob intervenção, Temer sairá da história, provavelmente, para um camburão.




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