O futuro não é mais o destino, como, aliás, já queriam os pós-modernos. O vídeo da Fapesp, cujo link segue abaixo, evidencia uma possibilidade em poucos minutos agradáveis de assistir. Pois muito bem:
O que caracteriza o tempo? O que o define?
Sabemos o que é o tempo, podemos senti-lo, mas falta a definição que só pode vir da física que, adrede, não se recusa.
Entropia – eis a palavra para o fenômeno verificável empiricamente, pelo nosso sentimento, em substituição às palavras que não temos. Entropia é a desorganização, o enfraquecimento, a perda da capacidade de se manter estável. A exposição dá-se em corpos cujas temperaturas sempre passam do calor para o frio, da integridade para a fragmentação. Trata-se de um fenômeno irreversível: um copo de café perde calor, esfria, não volta a esquentar. Após jogá-lo fora, desequilibramos o copo à mesa, cai e, quebrado, não volta a integrar-se a partir dos seus cacos. Entropia.
O sentido do tempo, sempre para o futuro, é explicado, portanto, pela entropia.
Ocorre que, em sistemas microscópicos, formados pelos chamados “spins’, a organização destes elementos pode alterar a passagem habitual da temperatura em contato do quente para o frio. Uma configuração determinada, nesta mesma escala, pode fazer o “spin” frio transferir sua temperatura ao “spin’ quente, invertendo, assim, a linha do tempo, sem alterar, de resto, as leis da termodinâmica.
Observa-se também, em tais condições de laboratório, os "spins" possuindo o dom da ubiquidade, estando em dois lugares ao mesmo tempo. É um problema, sobretudo, se se conseguir resolver a escala e obtidas as condições necessárias, em que, aos "spins", pudéssemos nós, humanos, substituí-los. Na seta invertida do tempo, viajando, poderíamos, com a nossa massa, ocupar dois lugares ao mesmo tempo no espaço? Aí, então, seria, de fato, uma maravilha. Do ponto-de-vista político, estaria cientificamente justificada a cara de pau.
SRN
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