Por 28
Já botei a perna pra secar e amanhã irei votar na Dilma por razões óbvias.
Como pobre, devo ao Lula meu acesso ao que Delfim chama de "bancarização", conforme o comentário imperdível que ele toda semana escreve na carta capital. O crédito popular é um sucesso e só não faço prestação porque não sou de consumir, quase não vejo televisão e a que tenho é suficiente para o futebol, para o Flamengo, sem necessidade de endividar-me pelo "plasma".
Como pobre, devo ao Lula meu acesso ao que Delfim chama de "bancarização", conforme o comentário imperdível que ele toda semana escreve na carta capital. O crédito popular é um sucesso e só não faço prestação porque não sou de consumir, quase não vejo televisão e a que tenho é suficiente para o futebol, para o Flamengo, sem necessidade de endividar-me pelo "plasma".
Também não preciso de geladeira, mas, se precisasse, seria graças ao crédito popular a que poderia ter acesso à água gelada, porque pobre não usa filtro "europa".
Os pobres caminhamos para a classe média. O programa "minha casa, minha vida", para a casa própria. Quem sabe no governo Dilma entro na classe média, de fato, com carro e tudo?
Há pobres cariocas conseguindo comprar seu primeiro gol zero.
Quanto ao assistencialismo de que acusam o "bolsa família", é puro preconceito, desejo de continuar vendo o pobre se vendendo como "exército industrial de reserva", de que nos falava o alemão.
Por tudo isso, além do fato de um operário do interior de Pernambuco chegar à presidência da República e fazer o que ele fez, a intuição genial para as medidas lulo-kenesianas frente a uma crise semelhante a de 29, na verdade muito pior, pela escala e números envolvidos.
É simbólico, o que, de resto, é também estético - o que não é pouco.
O único problema são os cabos eleitorais, entre os quais estão esses intelectuais que não medem a mão para permanecer no poder. Parece que resolveram usar contra seus adversários o que sempre foi usado contra a esquerda, a campanha difamatória, a propaganda absurda do comunista comedor de criancinhas e profanador de igrejas. Usam de tudo e vale tudo. Mas, é o tal negócio, "Política é poder", já ensinava o florentino. Além disso, conforme o alemão, " é preciso que uma esfera social particular passe para o crime notório de toda a sociedade, de forma que, emancipando-se dessa esfera, realiza-se a emancipação geral."
Nota do blog: este blog também votará Dilma.
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