Uma das vantagens de se estudar história, ainda que nas coxas, é poder contextualizar o fato. Aprende-se que nada é novo. Tudo é uma questão de tomar consciência do que já foi feito, em seus vícios e virtudes, e tentar concluir a respeito.
Maquiavel escreveu que, em política, o único fato importante é o poder, possuí-lo e conservá-lo, e escreveu para agradar aos Medicis; primeiro Juliano, que morreu antes da obra pronta, depois, Lourenço.
Não era só um manual de instrução, era ciência política, pois não se esgotava no protagonismo individual, consciente que estava do papel precário do indivíduo na história. Nenhum governante se sustenta apenas no seu voluntarismo. É a expressão de forças materiais que usa, manipula, seduz, o que for, no propósito da conquista e manutenção do poder.
Não importa, portanto, o que Zico, por melhor que fosse, quisesse fazer. Mas, sim o que podia fazer. Além dos interesses e condições que representava, pois o Zico de minha adolescência, que me acompanhava nos almoços de domingo com o Velho, quando fechava o açougue, era o Mito, elemento de um sistema religioso chamado Flamengo.
FLAMENGO.
Reparem que escrevi em caixa alta.
SRN
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