Este brasileiro, que ontem faria 95 anos, é uma das maiores matrizes do pensamento nacional. Inconformado com uma divisão internacional do trabalho (DIT) que nos condenava à condição de fornecedores de primários, aliou-se, vindo da Guerra, ao economista argentino Raul Prebisch, na Cepal, uma agência da ONU feita pra ser irrelevante, pra jogar pra arquibancada do Sul a fim de iludir a versão do Plano Marshal que não veio, mas que ambos alçaram à fonte de produção do pensamento econômico latino-americano, ao propor a industrialização por substituição de importações na América Latina para superar o subdesenvolvimento de nossos países. Independente da crise do modelo e de todas as críticas, o fato é que Celso Furtado pensou o Brasil, não tinha complexo de deslumbrado vira-lata diante da falácia do “livre mercado”.
Furtado acreditava na necessidade de profundas reformas estruturais, sem às quais nossos países não retomariam o dinamismo econômico.
Ser hoje brasileiro independente é profundamente revolucionário, com o noticiário cada vez mais semelhante aos anos 80, pedindo “austeridade”, “gastar menos do que arrecada, como uma família”, “não podemos ter fama de maus pagadores” etc.
Tudo isso está no filme de José Mariani, uma cinebiografia de Celso Furtado, “O Longo Amanhecer”, cujo link segue abaixo.
SRN
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