Fazer História nos torna desagradáveis.
Mesmo quando a causa é boa, conforme Hobsbawm que dizia que a pior coisa do
trabalho do historiador é a falácia da neutralidade. Mais um caso de racismo.
E, de novo, o tratamento sempre conveniente, agora às condições pós-modernas,
exatamente no ambiente midiático. Maju é uma jovem negra que se destaca por
aparições superficiais no JN. É a “moça do tempo” e, por isso, tem sido
defendida, apontada como exemplo do talento da raça negra. De fato, ‘Somos
Todos Maju”, mas não nos termos em tudo semelhantes ao que, recentemente, nos
deu Daniel Alves, na Espanha, comendo a banana arremessada pela torcida de
Madri quando ia bater o escanteio. Não demora e Maju, se não tomar cuidado,
será a próxima estrela do casal Hulk e Angélica.
O racismo não é uma questão
de caráter. Não pode ser exclusivamente combatido de modo a se buscar um
culpado. Evidente, quem o comete, cometeu um crime.
Assim como foi
historicamente construído, com ações objetivas coletivamente, conformando as
subjetividades, tem de ser combatido igualmente com ações objetivas, coletivas,
sociais, identificando, enfrentando e combatendo subjetividades racistas.
O problema não é deixar a
caravana passar, enquanto os cachorros latem. Pelé fez isso o tempo todo.
Os cachorros também latiram
na cara de um garoto negro de classe média há poucos anos, aqui no Rio, numa
agência da BMW na Barra. E a BMW simplesmente pediu desculpas.
SRN
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