A parte que ficou faltando foi o declínio dos Estudos Culturais, como
tudo, na década de 90, em tempos neoliberais.
Maria Celina Cevasco - do departamento de
letras da USP, tradutora de Fredric Jameson, norte-americano, marxista,
herdeiro intelectual do britânico Raymond Williams -, escreve sobre como o
esvaziamento dos Estudos se deu através
da diluição do seu caráter político.
A apropriação neoliberal ficou evidente
com os novos epígonos, o americano Grossberg, especialista em rock e cultura
popular, e a britânica McRobbie, especialista em moda, estabelecendo o novo
programa baseado na superação de uma identidade de classe. Aliás, segundo eles,
não há mais sujeitos de classe nem ideologias. Aliás, ainda, a pós-modernidade,
já, de resto, queimando as velas, nega
qualquer tipo de determinação, de meta-narrativa vinculante, como se tal
negação também não fosse uma.
Suspeito
logo quando alguém, querendo bancar o gênio da lâmpada , começa dizendo,
superior:
“Não
sou de direita nem de esquerda...”
SRN
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