Por Máximo
Orestes Barbosa escreveu de seu amor que ela "pisava nos astros distraída". Noel, também aqui perto, enamorava a língua dizendo que "já havia passado de portuguesa, é brasileira".
Muitas vezes, observando-a, Meu Amor, vejo a síntese: os pés pequenos não podem pisar firme pela altura da beleza esguia, e a língua, de fato, além de portuguesa, passou de brasileira, é a de Vila Isabel sempre presente no recorte da fachada do Boulevard, da antiga fábrica Confiança:
"Gosto sempre de vir ao Boulevard. Só por vir, pela beleza."
Poderia ali desenhá-la. Melhor não aprisioná-la na linha, sob qualquer linha ainda que a maviosa com que Niemeyer delineou feminina a arquitetura do ângulo reto. É que havia visto uma moça na praia.
Eu a vejo em Vila Isabel.
SRN
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