segunda-feira, 25 de março de 2013

Faltou Polimento às Lentes do Papa

Por Máximo



Nenhuma instituição, mais do que a Igreja Católica, compreendeu melhor a importância dos signos ao longo da história: mito, cruz, narrativa.

O Papa, agora dos pobres, sabe da importância das imagens sucedâneas cada vez mais substitutas da realidade num mundo de comunicação instantânea. Anda de ônibus, paga a conta e talvez só não seja Boca por capricho. 

Importante observar o esforço de propaganda a fim de mitigar o silêncio do cardeal de Buenos Aires quanto  aos crimes da ditadura argentina e insistir no desenho do Papa dos Pobres.



E os bebês nascidos em celas clandestinas, roubados e entregues para a adoção dos algozes de seus pais?

Os voos da morte, dos quais se jogavam os presos de aviões em alto mar?

O jesuíta de sobrenome húngaro, torturado, silente?

Eric nepomuceno acaba de publicar em Carta Capital um artigo expondo, concisamente, as facetas do, agora, Papa dos Pobres. Um exemplo da indiferença referida, por exemplo, está no seguinte trecho:

"Há mais sombras em seu passado e em seu presente. Ao assumir a presidência da Conferência Episcopal Argentina, em 2005, poderia ter determinado punições previstas no direito canônico, e não fez nada. Videla não foi excomungado. Ao contrário, continua, no quartel do Campo de Mayo, onde cumpre pena, a receber a hóstia sagrada dos católicos. Christian Von Wernich, capelão condenado à prisão por ter acompanhado, cúmplice, sessões de tortura, continua a realizar missas no presídio de Marcos Paz, onde está recolhido."

Vale a leitura completa, cujo link é este:http://www.cartacapital.com.br/politica/francisco-ou-pilatos-2/

SRN

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