domingo, 10 de março de 2013

"Sobre a Noção de que Pode Haver um Estado sem Conflitos Estruturais"/ Norberto Elias

Por Máximo





Acabei de ler o anexo que acompanha "A Sociedade de Corte", também de Norberto Elias. Nele, as formas de Estado Tutelar e de Homem Forte são também características da história do Estado brasileiro, favorecendo certa analogia entre o absolutismo alemão e o nosso patrimonialismo ibérico. 

Segundo Elias, Weimar parecia ao povo alemão - um povo acostumado a cultivar "aspectos simples dos sentimentos", "quando alguém é um amigo veem-no apenas como amigo, e quando alguém é inimigo, apenas como inimigo" - um "antro da tagarelice. Só lutam com palavras. Mas não fazem nada. Não estão lutando de verdade." 

Continua Elias que tal imaginário encontrou no programa nazista "uma imagem ideal com cujo auxílio o mesmo hábito emocional poderia ser transposto para o campo do Estado." Penso que vale uma leitura, sobretudo após uma diluição interesseira da memória recente, com uma nova geração que nada viu (nem sequer a inflação), sobretudo, mais ainda, pelo episódio da OAB desta semana.

SRN

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