quinta-feira, 13 de junho de 2013

Momento de Memória, Nora

Por Máximo



No "Bola da Vez", da ESPN, Mano Menezes. Não o interessa a política nem compreende por que só agora, presidente da CBF, Marin é "acusado" pelo próprio passado. Rejeita a "política", certo, porque esta anda muito imbricada e prejudicial ao futebol que deve se limitar a preocupações que já passaram pela crise de zagueiros, laterais ("ainda não resolvida") - e quem viu Leandro, o Peixe Frito, o maior lateral-direito da história do futebol brasileiro? - volantes e atacantes. Acredita Mano que não jogamos mais brasileiro ao bater lateral com lateral e carecemo-nos de volantes que saiam pro jogo e marquem a saída de bola, como faz hoje o europeu.

Como vivemos o que Nora chama de "momento de memória" e porque nunca tivemos tanta necessidade de passado, conforme Huyssen, minha memória, tranquilamente, não é subjetiva nem individual, mas objetiva, coletiva.

Portanto, saudade do grande Saldanha,  de Sócrates, os quais não esterilizavam a inteligência numa pasteurização de "mundo corporativo" das quatro linhas;  do próprio Paulo Cesar Caju que ousou enfrentar a seu modo o reacionarismo e racismo do mundo da bola. Saudades da grande arte de Telê, da seleção de 82, a melhor de todos os tempos. Fora o poema que a parceria Drummond e Vinícius nos ensinou:

Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Junior;
Andrade, Adílio e Zico;
tita, Nunes e Lico.

SRN

Nenhum comentário:

Postar um comentário