quinta-feira, 20 de junho de 2013

Saudações Rubro-Negras pro Casagrande

Por Máximo




Casagrande é uma exceção e dá pra compreendê-lo. Seu drama pessoal, em que muitas vezes se está sozinho, deve tê-lo feito encontrar nos comentários que faz (sem dúvida, ao lado do Tostão, quem melhor enxerga futebol) um sentido de existência. Além disso, foi um dos líderes, moleque ainda, da Democracia Corinthiana, no início da decada de 80, ao lado de Sócrates, Vladimir, em que todos, do presidente ao roupeiro, tinham o mesmo voto e tudo era deliberado coletivamente. A Democracia Corinthiana aboliu a concentração e forçava os limites reacionários do futebol, no contexto das "Diretas Já". Mas, na contradição do dinamismo próprio da cultura em movimento, vem a era do espetáculo, que nos dá "fenômenos" e vírus anexos, regressiva, nesse futebol de arrivismo de celebridade. 

Casagrande precisa ganhar a vida, mas não deve ser fácil olhar pro lado.

SRN

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