terça-feira, 25 de junho de 2013

Só Falta o Preto

Por Máximo



Júlio Cesar pode ser salvo pelo mito de origem, mas, não é, definitivamente, um goleiro à altura de substituir Taffarel. Sua história na seleção permite o seguinte problema: o estigma que perseguiu e jamais redimiu o negro Barbosa, desde 50, não teria sido diluído pelo fato da falha contra a Holanda, na última copa, eliminando-nos, haver sido cometida pelo branco Júlio Cesar? 

Mas, o que importa é o uso das faltas como tática de jogo, conforme disse o goleiro. É a tal história, correndo consciente e deliberadamente o risco do anacronismo, mas com toda a pertinência da insatisfação coletiva que vivemos: quem viu a seleção de 82 e a Grande Arte Rubro-Negra dos anos 80, o toque da bola, a habilidade, o drible, ter de ver esse time do marin e vírus anexos marcando pressão e fazendo falta. A escola holandesa, implantada no Barcelona com Cruyff há quase 40 anos e adotada na seleção espanhola, é o futebol brasileiro com a camisa vermelha. Só falta o preto. 

SRN

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