quarta-feira, 8 de julho de 2015

Esquerda possível? Esquerda para o capital? E o Syriza?



Há vários institutos liberais, com seus “intelectuais orgânicos” produzindo análises da conjuntura. Todos concluem pelo óbvio, e, a julgar pela qualidade das cópias, o original era bem melhor. O problema é que Lacerda era católico pré-Concílio Vaticano II e não há muita chance de vê-lo baixar em nenhum terreiro de boa vontade disponível.

Felizmente, há análises críticas. Lendo-as, predomina o consenso de que o Lulismo foi um método de conciliação de classes que se esgotou. O reformismo foi até o possível, com a inclusão já começando a incomodar. A formalização do trabalho de baixa qualidade, o aumento do salário mínimo, crédito e habitação populares tornaram-se ponto de partida para quem os alcançava e expressavam um estorvo para quem estava acostumado com serviços baratos e, de carona, um acinte, porque implicava ainda dividir aeroporto e hotel fazenda.

O PT é hoje, para alguns, a esquerda possível. Para outros, a esquerda apta para o capital. Há também quem diga que defender a qualquer custo a Dilma é uma medida de contenção da direita. Outros já dizem que não faz a menor diferença, pois pra que derrubar a Dilma se ela entrega tudo o que o capital pede e que vírus anexos como Aécio cumprem a função exata de incomodar com espirros, febres e coceiras?

A Grécia, mais uma vez, como um marco. O NÃO à troika tem a força de mostrar que tudo é política. Acima de tudo que a grandeza da política está muito além da chantagem de contadores mesquinhos.

SRN 

2 comentários:

  1. Não podemos perder de vista a decisão da cúpula desse partido, que após três derrotas consecutivas, em eleições presidenciais, oPTou pelo pragmatismo político como talvez a última chance de chegar no Planalto. Essa aposta não só resultou no tão sonhado primeiro mandato, como gerou mais três. E só após as próximas eleições para presidente, é que se poderá avaliar sem dúvida, se o peso dos inúmeros erros, superou os avanços progressistas, ainda que tímidos, na concepção de alguns. Mas uma coisa é certa, a corrupção continua sendo um dos nossos maiores males, não importa que os corruPTos sejam de esquerda, direita ou centro, o fato é que o pragmatismo do PT acabou passando por cima até da ética que essa legenda dizia tanto prezar.

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  2. Não podemos perder de vista a decisão da cúpula desse partido, que após três derrotas consecutivas, em eleições presidenciais, oPTou pelo pragmatismo político como talvez a última chance de chegar no Planalto. Essa aposta não só resultou no tão sonhado primeiro mandato, como gerou mais três. E só após as próximas eleições para presidente, é que se poderá avaliar sem dúvida, se o peso dos inúmeros erros, superou os avanços progressistas, ainda que tímidos, na concepção de alguns. Mas uma coisa é certa, a corrupção continua sendo um dos nossos maiores males, não importa que os corruPTos sejam de esquerda, direita ou centro, o fato é que o pragmatismo do PT acabou passando por cima até da ética que essa legenda dizia tanto prezar.

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