Por Pablo Luiz Faria
“José
E agora, José? A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?”
Carlos Drummond de Andrade
Tenho uma vontade irresistível de perguntar aos mandatários do Flamengo as mesmas perguntas feitas por Carlos Drummond de Andrade nesse trecho poema José: ao fim de 2010, e agora, Flamengo? O que foi feito de tudo aquilo que estava em potência, latência no início desse ano cabalístico que tinha tudo para ser o melhor? O que foi feito das pessoas que tentaram, e por forças visíveis e conhecidas, não conseguiram nada?
Gostaria de poder esquecer esse ano, apagá-lo dos 115 anos de glórias infinitas do Mais Querido do Brasil, mas é melhor que esse ano sirva de exemplo, que seja nosso minotauro sempre como um risco no horizonte. Aplacá-lo, apenas, com sacrifícios.
Depois de dezessete anos fomos campeões brasileiros, voltando ao lugar que merecemos sempre, coroando um bom elenco comandado por um bom treinador. Possuíamos, portanto, a hegemonia estadual, tri-campeões estaduais, e nacional, Campeão Brasileiro. Porém, no ano de 2010 tudo desandou: perdemos o Carioca para o Botafogo de uma maneira vergonhosa, jogamos um péssimo estadual, na Libertadores nos classificamos mais vergonhosamente para a segunda fase, mas fomos fragorosamente derrotados e terras de Neruda e no Brasileiro, até a presente data, só conquistamos apenas 8 vitórias, 16 empates e 11 derrotas, o que nos coloca na 14° posição, com 40 pontos. Trocamos de técnico três vezes e nada adiantou porque deixamos o melhor jogador ir embora, Wagner Love, só contratamos jogadores de meio campo sem o mínimo de qualidade e deixamos que todos os que nos foram oferecidos fossem para times concorrentes.
Gostaria de poder esquecer esse ano, apagá-lo dos 115 anos de glórias infinitas do Mais Querido do Brasil, mas é melhor que esse ano sirva de exemplo, que seja nosso minotauro sempre como um risco no horizonte. Aplacá-lo, apenas, com sacrifícios.
Depois de dezessete anos fomos campeões brasileiros, voltando ao lugar que merecemos sempre, coroando um bom elenco comandado por um bom treinador. Possuíamos, portanto, a hegemonia estadual, tri-campeões estaduais, e nacional, Campeão Brasileiro. Porém, no ano de 2010 tudo desandou: perdemos o Carioca para o Botafogo de uma maneira vergonhosa, jogamos um péssimo estadual, na Libertadores nos classificamos mais vergonhosamente para a segunda fase, mas fomos fragorosamente derrotados e terras de Neruda e no Brasileiro, até a presente data, só conquistamos apenas 8 vitórias, 16 empates e 11 derrotas, o que nos coloca na 14° posição, com 40 pontos. Trocamos de técnico três vezes e nada adiantou porque deixamos o melhor jogador ir embora, Wagner Love, só contratamos jogadores de meio campo sem o mínimo de qualidade e deixamos que todos os que nos foram oferecidos fossem para times concorrentes.
O ano começou lindo e terminou trágico: não ganhamos título, não teremos o Maracanã até 2013, Zico não teve respaldo para trabalhar, o CT ainda não saiu do papel e mais uma vez dirigentes medíocres querem a participação da torcida na construção de algo e, o pior de tudo, não há metas reais de melhora para 2011. Isto é, a tragédia se repetirá no ano que vem.
Desculpe-me pelo texto raivoso, melancólico, chato, irritado, mas não consigo me alegrar com esse futebol pequenininho do Flamengo em 2010 e me irrita muito ver que não honramos a conquista de 2009. E para fechar com chave de ouro: jogo contra o Guarani é tido como decisão!
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