O excesso de informação mata a própria informação. Não se sabe o que realmente importa. O que ocorre no Rio convence-me cada vez mais do acerto da crítica marxista da violência simbólica de classe, representada na estrutura de comunicação. Especialistas espirram de tudo quanto é canto. De sociólogo a ex-militar, há uma convocação acirrada da mídia e o que se vê, ao invés da compreensão, do esclarecimento dos significados possíveis, é uma convergência de consolidação do espírito bélico. Ficamos todos armados até os dentes.
Com exceção do confuso Cabral, a clareza pude perceber agora há pouco, vinda da entrevista coletiva das autoridades.
Gostei do que disse o Nelson Jobim. Salientou a mudança do modelo - o que pode ser interpretado como a superação definitiva da doutrina de segurança nacional. Parece que há uma nova estratégia de defesa, formulada na perspectiva do cidadão. Embora compreenda o grau de segurança que implica e que evita a publicidade, seria indispensável, neste momento, melhor explicitação, um detalhamento maior de seus objetivos, a fim de diminuir esse clima de guerra instalado no Rio.
Definitivamente, não se pode deixar nada por conta desse sistema histriônico de comunicação.
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