segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O ex-Ministro Delfim Netto foi gentil e me respondeu o e-mail que lhe mandei

Prezado Prof. Rocha,

Grato por seu e-mail.

Quanto a sua primeira dúvida, não tenho a menor dúvida... Quanto à segunda, a coisa é mais complicada. Por definição, Desenvolvimento econômico per capita = aumento da produtividade do trabalho. Logo, aumento de trabalho sem crescimento do PIB = incorporação de mão de obra de baixa produtividade.

Um abraço cordial,
Antonio Delfim Netto

Minhas dúvidas foram as seguintes:

Uma dúvida: a inovação, que é o que justifica a base industrial, não encontra, em economias do capitalismo periférico, ainda maiores dificuldades num processo de reindustrialização após o predomínio da chamada "vaca holandesa" que acabamos de viver antes da desaceleração do negócio da China dos nossos primários?

Mais uma dúvida: o problema da produtividade, ainda em economias do capitalismo periférico com moedas valorizadas, pela incorporação ao consumo do que André Singer denomina de "subproletariado", está no pleno emprego do setor de serviços de baixa qualidade: construção civil, escritórios (auxiliar de departamento pessoal, contas a pagar etc), lojas, restaurantes, shopping, transportes, enfim. A dúvida: não é a força de trabalho que temos e que precisa ser incorporada à vida?





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