Hoje no Globo, Tarso Genro reconhece o óbvio. O problema do impeachment da presidente é político, nada tem de jurídico (afinal, todos reconhecem a integridade pessoal de Dilma). E o que Genro não disse, por ser um homem de partido, é que o problema, que é político, sendo resolvido politicamente, nada tem de golpismo. Quando do impeachment de Collor, o país em final da transição, o risco real de retrocesso, não tivemos nenhuma ruptura e a democracia representativa seguiu incólume. O PT e a Dilma são hoje forças políticas dessa democracia representativa, das regras de um jogo de administração de um modelo que se resume, conforme bem disse Genro, à mediocridade histórica.
— O ajuste que está aí não é do Levy, é do governo — afirmou o petista, sugerindo que o governo tem duas opções para sair da crise: uma solução “inovadora”, que seria organizada pela esquerda, ou “tomar medidas que todos os governos tomam”: — Ou seja: não gastar e transformar o problema em uma crise de orçamento, que é uma forma absolutamente medíocre de responder a essas grandes questões históricas.
SRN
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