Nessas horas, Brizola
faz falta. O que diria? O que faria? Como “vinha de longe”, segundo suas
próprias palavras, usadas em situações tensas em que não cabe o fácil, o óbvio,
o corriqueiro. E é corriqueiro, óbvio, fácil dizer, como disse o Freixo, que
quem diz o que pode ou não pode é a lei. Óbvio, fácil, corriqueiro, problema
resolvido, o império da lei, a paz e a felicidade de volta nas praias cariocas.
Assim como o governo de Jango era legal, perfeitamente constitucional e, apesar
da lei, foi golpeado. Agora mesmo, não há nada de ilegal no comportamento da
Presidente, que, entretanto, pode sofrer a abertura do processo de impeachment.
Assim como o jornal o Estado de São Paulo pede, sem dizer o nome, o que
historicamente sempre pede nessas horas em que os interesses de que é porta voz
estão em contradição, com a economia atrapalhada pela política, como se isso
fosse um espanto, desde quando a política foi inventada pelos gregos justamente
para resolver os problemas da produção material da vida, como lembra sempre o
excelente Chico Oliveira. De modo equivalente, o prefeito carioca retorna à República
Velha, agarra-se ao caboclo de Júlio Prestes, dizendo que não irá “tratar
marginal como problema social”.
Os cariocas nunca
precisamos tanto da politização das relações sociais na Cidade. Mais Brizola e
Ulisses Guimarães e menos judicantes do óbvio.
SRN
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