Graciliano escreveu que já havia exercido vários ofícios, largara-os todos, por isso, nada o obrigava.
É o caso: sou apenas um cara que gosta de desenhar e que procura manter vivo o espirito de indignação. Mas, não foram poucos os profissionais do traço que, há época, confundiram esforço crítico de compreensão com defesa de assassinos ou justiçamentos, ou que é pior: a ridícula, e mais surrada cantilena, da "defesa da liberdade de expressão"; em geral, são os mesmos que confundem liberdade de imprensa com liberdade de empresa, dos seus patrões, que agora, com a crise do jornalismo, deixando de ser uma atividade rentável, promove demissões em massa na área.
É o tal negócio: a burrice, como dizia Nelson Rodrigues (aliás, também excessivamente valorizado), é eterna e vive cobrando coerência.
SRN.
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