Por Tadeu dos Santos
Vejo e revejo a indignação dos jogadores do chorão complexado em relação ao jogador do 13 da Paraíba Léo Rocha e confesso-me inteiramente estupefato.
O meia foi admoestado por todos os chorões que, dedo em riste, diziam:
Isso lá é coisa que se tente fazer. E ai de você se desse certo. É preciso respeito. Ponha-se no seu lugar.
Ora, falha-me a memória ou os chorões entraram em regozijo quando um deseus estrangeiros converteu penalti semelhante em plena Copa doMundo? Também não teriam ficado extasiados quando o mesmoestrangeiro em plena decisão do campeonato fez idêntica cobrançaem face do Mais Querido do Brasil?
Engano-me ou estão a nos esfregar à cara que os “grandes” e apenas e tão somente eles tem direito a esse tipo de cobrança? Aos pequenos estáinteiramente vedado o privilégio da “cavadinha”?
Quanta falta de desportividade! Quanta falta de bom humor!
E isso vindo do time que teve em suam fileiras o maior driblador da história do futebol brasileiro.
Quanta falta de memória! Quanta falta de bom senso!
Vejo e revejo isso e a seguir espio a surra aplicada por dois marginais em um rapaz negro. A razão? - Ele é negro.
Vejo a covardia praticada contra um descendente de orientais num escola em São Paulo. A razão? - Ele tinha os olhos puxadinhos.
Vivemos tempos de explícita intolerância em que nossa ação ou omissão nos torna herdeiros diretos do Fascismo.
Celebremos a diferença. É bom e ademais, convenhamos, não temos outra alternativa.
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