"Só por hoje" é um lema que todo adicto conhece, na limpidez cristalina em que não há brilho nem se dá um teco, tampouco o primeiro gole. Só por hoje, porque a clareza também se faz necessária ante a gordura espessa da irresponsabilidade de quem fala sobre o que não conhece. É muito simpático falar de liberdade e acusar o prefeito, que pode ser alvo de tudo, menos de tentar salvar uma craqueira (desculpem-me, mas sem chance pra eufemismos corretos). Droga (álcool também é, embora não pareça) quando entra na pista não se sabe qual o limite. Para alguns, o valor atingido pode parecer irrelevante para outros. E aí a busca da ajuda, "não dá mais", muitas vezes só restando a mãe (como escreveu Marcelo Rubens Paiva para outro contexto: "mãe é a única instituição que não faliu, ainda"). Craqueiros parecem atravessar uma fronteira para além do humano. Perderam o referencial, até a capacidade de se sentir atingidos. Trata-se de um problema de saúde pública, coletiva, e como tal não pode ficar mais circunscrito ao âmbito do privado. Surpreende marxistas (será que são ou leram apenas orelhas de livro?) se utilizaram do "privado" justo nesta questão.
"Só por hoje" é um lema que todo adicto conhece, na limpidez cristalina em que não há brilho nem se dá um teco, tampouco o primeiro gole. Só por hoje, porque a clareza também se faz necessária ante a gordura espessa da irresponsabilidade de quem fala sobre o que não conhece. É muito simpático falar de liberdade e acusar o prefeito, que pode ser alvo de tudo, menos de tentar salvar uma craqueira (desculpem-me, mas sem chance pra eufemismos corretos). Droga (álcool também é, embora não pareça) quando entra na pista não se sabe qual o limite. Para alguns, o valor atingido pode parecer irrelevante para outros. E aí a busca da ajuda, "não dá mais", muitas vezes só restando a mãe (como escreveu Marcelo Rubens Paiva para outro contexto: "mãe é a única instituição que não faliu, ainda"). Craqueiros parecem atravessar uma fronteira para além do humano. Perderam o referencial, até a capacidade de se sentir atingidos. Trata-se de um problema de saúde pública, coletiva, e como tal não pode ficar mais circunscrito ao âmbito do privado. Surpreende marxistas (será que são ou leram apenas orelhas de livro?) se utilizaram do "privado" justo nesta questão.
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