quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Vá Ler Hobsbawm na Praia


Por Vinte e Oito, hoje diabético, parceiro de infância nas peladas de rua em Vila Isabel


Hobsbawm sempre se salvava pelo senso de humor. Talvez, Máximo, meu irmão, pela sua impaciência com todo messianismo. Um exemplo?

O caráter messiânico contra o "mal do comunismo internacional" era, pra ele, exclusivo de concepção norte-americana. Certo, a Europa Ocidental sempre procurou contê-lo, mas não era nenhuma ameaça que justificasse a paranoia norte-americana nem nada que se fizesse objeto de uma política de Estado.

Então, meu irmão, por que o comunismo tornou-se um eixo de orientação das ditaduras sul-americanas da década de 60?

Numa palavra: Cuba.

Área de influência tácita estadunidense, os corifeus do Departamento de Estado não admitiriam mais nenhuma experiência semelhante na América Latina. As sucessões de ditadura em cascata golpista basear-se-iam na doutrina de segurança nacional pela qual caberiam os respectivos Estados daqui combater o "inimigo interno", fazendo a "guerra intestina". 

Seguinte, meu irmão:

Com essa lua aqui no Rio, depois daquela friaca, não é melhor terminar o dia na praia?


SRN

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