A oposição terá maioria
na comissão de impeachment. Foi o resultado de xingamento, empurra-empurra,
quebra de equipamentos eletrônicos. Voltei a dar uma olhada no e-mail sobre a
diferença entre democracia direta e democracia representativa (liberalismo) – “a
democracia liberal moderna delega a deliberação a seus representantes. O
argumento liberal é que a mediação diminui a propensão à demagogia da
democracia direta antiga” - que me mandou o meu amigo historiador, Ocimar, que
estudou numa faculdade que faliu e que hoje passeia cachorro de pet shop.
É o
tal negócio: de onde vieram o meio milhão de votos do Bolsonaro? E da bancada
do BBB (boi, bala e bíblia)? E do notório Cunha, até outro dia uma figura
pejorativa, com saudade da Carlota Joaquina?
A propósito, também sou
contra o impeachment, pois a volta de Fernando Henrique e Armínio Fraga
exigiria uma mobilização muito grande, sobretudo, por ter o lulopetismo
fornecido à dominação o argumento moral que faltava à desqualificação de
qualquer projeto de avanço social, ainda que reformista. E concordo plenamente
com que este governo não é vítima de coisa nenhuma, tampouco teria sido
massacrado como uma resposta da direita aos avanços sociais de um governo de
esquerda. São inúmeros os exemplos dessa falácia e não cabe listá-los. Mas, se
sou contra o impeachment, não vou lamentar a queda dele, tampouco aderir
incondicionalmente à propaganda "Dilma ou golpe", pois, de resto, é o
que quer o Levy, conforme entrevista ao Valor Econômico, a fim de obter as condições
para o ajuste de mercado.
SRN
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