terça-feira, 8 de dezembro de 2015

272 x 199

A oposição terá maioria na comissão de impeachment. Foi o resultado de xingamento, empurra-empurra, quebra de equipamentos eletrônicos. Voltei a dar uma olhada no e-mail sobre a diferença entre democracia direta e democracia representativa (liberalismo) – “a democracia liberal moderna delega a deliberação a seus representantes. O argumento liberal é que a mediação diminui a propensão à demagogia da democracia direta antiga” - que me mandou o meu amigo historiador, Ocimar, que estudou numa faculdade que faliu e que hoje passeia cachorro de pet shop. 

É o tal negócio: de onde vieram o meio milhão de votos do Bolsonaro? E da bancada do BBB (boi, bala e bíblia)? E do notório Cunha, até outro dia uma figura pejorativa, com saudade da Carlota Joaquina?

A propósito, também sou contra o impeachment, pois a volta de Fernando Henrique e Armínio Fraga exigiria uma mobilização muito grande, sobretudo, por ter o lulopetismo fornecido à dominação o argumento moral que faltava à desqualificação de qualquer projeto de avanço social, ainda que reformista. E concordo plenamente com que este governo não é vítima de coisa nenhuma, tampouco teria sido massacrado como uma resposta da direita aos avanços sociais de um governo de esquerda. São inúmeros os exemplos dessa falácia e não cabe listá-los. Mas, se sou contra o impeachment, não vou lamentar a queda dele, tampouco aderir incondicionalmente à propaganda "Dilma ou golpe", pois, de resto, é o que quer o Levy, conforme entrevista ao Valor Econômico, a fim de obter as condições para o ajuste de mercado.


SRN


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