sábado, 5 de dezembro de 2015

Mestre Floriano fulmina meus argumentos



Mestre Floriano deveria escrever mais. E, se combinasse com o retorno ao desenho, seria muito útil no estado atual da arte do cartum de decoração. Fulmina ponto por ponto meus argumentos. Torço pra estar falando bobagem e que ele acerte na ideia de que, em um eventual impeachment, que, de resto,considera um golpe, negando radicalmente validade ao que eu disse, o PMDB representa a volta da Casagrande, que antes o PT que o PSDB governando e que, uma vez superado tal estorvo, Dilma se volte à esquerda; além de apontar sua desconfiança quanto à participação dos EUA na desestabilização do governo.

Repito: torço, francamente, pra que o Mestre esteja certo e eu completamente errado. Apenas - reitero - não vejo o governo Dilma como um inimigo de classe do capital, tampouco dos EUA. Não vejo nele nenhuma semelhança com o contexto distinto de Jango, em que as Reformas de Base, a estatização da infra-estrutura e a Lei de remessa de Lucros, em pleno auge da Guerra Fria, a Revolução Cubana então recente aterrorizando os norte-americanos temendo que, pelas nossas dimensões, nos transformássemos, não numa nova Cuba, mas numa China Sul-Americana, por tudo isso, enfim, não vejo nada que possa interessar aos EUA, nos moldes do IPES/IBAD,  a derrubada da Dilma. Evidente que a agência de risco internacional Fernando & Armínio é muito mais palatável. Mas, será que não está na hora histórica de explicitarmos nossas contradições, definindo quem é quem, quais os tipos de forças, ao invés dessa pasteurização sempre utilizada, sob o argumento de que, se não cedermos tudo, "virá o golpe"? A quem interessa, de fato, tal chantagem permanente?

SRN

Nenhum comentário:

Postar um comentário