Mestre Floriano deveria
escrever mais. E, se combinasse com o retorno ao desenho, seria muito útil no
estado atual da arte do cartum de decoração. Fulmina ponto por ponto meus
argumentos. Torço pra estar falando bobagem e que ele acerte na ideia de que,
em um eventual impeachment, que, de resto,considera um golpe, negando
radicalmente validade ao que eu disse, o PMDB representa a volta da Casagrande,
que antes o PT que o PSDB governando e que, uma vez superado tal estorvo, Dilma
se volte à esquerda; além de apontar sua desconfiança quanto à participação dos
EUA na desestabilização do governo.
Repito: torço, francamente,
pra que o Mestre esteja certo e eu completamente errado. Apenas - reitero - não
vejo o governo Dilma como um inimigo de classe do capital, tampouco dos EUA.
Não vejo nele nenhuma semelhança com o contexto distinto de Jango, em que as
Reformas de Base, a estatização da infra-estrutura e a Lei de remessa de
Lucros, em pleno auge da Guerra Fria, a Revolução Cubana então recente
aterrorizando os norte-americanos temendo que, pelas nossas dimensões, nos transformássemos,
não numa nova Cuba, mas numa China Sul-Americana, por tudo isso, enfim, não
vejo nada que possa interessar aos EUA, nos moldes do IPES/IBAD, a derrubada da Dilma. Evidente que a agência
de risco internacional Fernando & Armínio é muito mais palatável. Mas, será
que não está na hora histórica de explicitarmos nossas contradições, definindo
quem é quem, quais os tipos de forças, ao invés dessa pasteurização sempre
utilizada, sob o argumento de que, se não cedermos tudo, "virá o
golpe"? A quem interessa, de fato, tal chantagem permanente?
SRN
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