quarta-feira, 15 de setembro de 2010

De resto, é o resto




Por Tadeu dos Santos

Vemos sempre nesses Animal Planet da vida a eterna corrida do leão atrás da manada de Bambis. Não resistimos e ficamos ali pra assistir ao quanto Darwin tinha razão. Dizemos então a nós mesmo que nossa torcida vai toda pro Bambi. Mas no fundo sabemos que o mesmo será alcançado pelo leão que, ao fim e ao cabo, terá um jantar daqueles. A conclusão inelutável a que se chega é que gostamos de ver o bambi ser derrubado. E que é bela, afinal, a vitória do leão.

Já no Futebol Planet os bambis são dados ao elitismo. Gostam de um tapetão e sempre que obrigados a correr pela relva viram jantar do leão da vez. O da terra da garoa tem fama de bom administrador, mas gosta mesmo é de influenciar arbitragem. E são eficientes. No mais das vezes conseguem.

Já o do Rio é famoso pelas vitórias no tapetão. Num passado nada remoto investiam mais em advogados do que em jogadores. E olhe que a coisa dava certo. Entregam-se a prática de passar um pó-de-arroz e como é comum acontecer aos de sua espécie andam em bando. Acham-se superiores. No entanto, não resistem a uma corridinha na relva e tampouco à força das estatísticas.

Já os chorões não chegarão porque acham que não merecem. Gostam da derrota. Gostam do apequenamento. São coitadinhos a trajar camisa, calção, meião e chuteira. Vivem da piedade alheia. Alguns que até recentemente também viviam da piedade alheia andam por aí a tentar redenção. E o que vemos é a histórica piedade posta a serviço de objetivos inconfessáveis. Mas não tem jeito serão sempre os coitadinhos hollywoodianos.

Nenén-dói dói típico. Vivem das glórias do passado. Comemoraram o último estadual como se estivessem a ganhar a Libertadores, quiçá o campeonato mundial. Aliás, digam-me: eles já ganharam alguma libertadores? Algum campeonato mundial? E os Bambis? Já sentiram o sabor de uma conquista na Libertadores?

Vez mais torcem para que o Mengão, o urubu travestido em leão, caia doente. Uns querem passear sossegadamente pela relva. O outro quer se jactanciar e dizer: vês? Não sou dócil como o bambi, não sou um bebê chorão.

A única certeza de que até o momento dispomos é que com os Bambis e chorões na dianteira, os estádios estarão vazios. Sim. Eles não sabem torcer e não são dotados do salutar hábito de ir ao estádio e se transformar no 12º jogador.

Quanto à mulambada vascaína... falemos de coisas mais relevantes.Ao fim e ao cabo, estarão todos unidos a torcer pela queda do mais querido. A segunda divisão, todos sabem, é buraco pequeno demais. O Flamengo e toda a sua grandeza não cabem em toda a pequenez daquela espaço. Somos os únicos do Rio de Janeiro que jamais respirou o ar rarefeito da segundona. E nada mudará. Chegará o momento em que nos levantaremos. Poremos o bebê chorão pra dormir e os bambizinhos a correr.

Aquietem-se, pois, bambis, chorões, mulambada e crentes "cientistas" emperdenidos.

2 comentários:

  1. Olá, para ser parceiro do Allblog entre em contato com a gente pelo link Fale Conosco em www.allblog.com.br , depois enviamos um formulário para preenchimento, bem fácil e simples de preencher... um abraço,

    Allblog

    ResponderExcluir