quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tamo junto, companheiro


Por 28

Acabo de ler o que me mandou.

Máximo, tá de sacanagem.

Esse papo de fazer história depois de velho dá nisso, uma linguagem ambígua, atravessada, com medo de não parecer superficial, além de querer agradar.

Meu irmão, é o seguinte: sem chance pra quem leu apenas revista placar e a obra completa de Jorge Amado, fora as entrevistas da playboy (lembra aquela em que junto veio a Maria Zilda? Teu pai, naquela semana, além do teu pé, das peladas descalço da Senador, também teve de furar os calos da tua mão).

Mas, tá tranquilo, estamos juntos, como falam no NA, companheiro, a luta continua e você está mesmo certo em defender os desvalidos, as minorias, o diabo, que agora também anda muito perseguido pela quase maioria crente. Por falar nisso, arrumaram lá pra Gávea um Jorginho paulista. Viu ontem? O cara faz aquelas caretas, fala escondido, mas, pra todo mundo ver, no microfone na lapela, como agente secreto português (foi mal aí pelo Velho, de quem, aliás, eu gostava muito), levanta um dedo, roda os outro cinco, se der um passe certo, a marafa e o alguidar corretos, baixa o caboclo do Lar do Prado, sem precisar do paulista lp 45 que sempre o acompanha. Não faltarão os discursos que muitos insistem sobre o Flamengo. A garra, a raça, a "mística" rubro-negra. Inépcia, apenas. De que adianta a posse de bola, se não se sabe bem o que fazer e se se é uma merda na conclusão. Como parece confuso esse Deivid, quanto atrapalhou os demais metendo-se em jogadas que não lhe eram próprias. "Ansiedade" é sempre a resposta pronta-entrega, junto com a outra, que me dá vontade de zunir o rádio: "a bola não quis entrar".

Está aqui no e-mail: “28 será que daria pra fazer um comentário, com urbanidade, sobre o jogo de ontem. É que tenho de terminar uma ilustração e entregá-la até a hora do almoço. Se se dispuser, faz e me manda, que eu só acesso o computador pra publicar no Nação.”

“Com urbanidade” é uma maravilha. Pelo menos, você ainda publica geral lá no Nação. Da direita à esquerda, tem de tudo, como convém à Grande Nação Rubro-Negra – uma síntese, de fato, do Brasil. Na verdade, somos mais importante do que este Estado que insiste em nos usurpar a soberania. Ou por acaso, mesmo com as tuas palhaçadas politicamente corretas, você acha que nós somos iguais a paulistas, gaúchos e goianos, que é uma versão ainda mais rural da roça do tietê?

E a menina, tranquilo? Também vai fazer vestibular pra UERJ?

SRN

Nenhum comentário:

Postar um comentário