De
vez em quando consulto o Caboclo Miles. Sempre que baixa, vem logo avisando que
não tem paciência pra anacronismo e que previsão do futuro era com a falecida
Mãe Diná.
O
Caboclo acha engraçado certos macumbeiros que, embora arriem o despacho como
qualquer outro, também acendem uma vela pra Deus, outra pro Diabo, pois assim
cercam a encomenda por todos lados e, qualquer que seja o resultado do
"trabalho", sempre acertam. Em geral, são sonsos, ambíguos,
escorregadios, bajuladores, pois o que querem é ser qualquer coisa que dê
certo. Incapazes de análise, de arriscar por conta própria, pois não apenas não
têm nada pra arriscar, mas, o que é pior, não pensam, porque nunca tiveram nada
pra dizer, por isso vivem pedindo "coerência". Aliás, coerência é uma
espécie de palavra de ordem desses tipos.
Por
isso, é difícil explicar o que é estratégia e tática em situações de crise,
sobretudo quando se trata de decidir entre o Coisa Ruim, o Capeta ou Netinho do
Vovô da História. Pedem "coerência". A burrice também é profundamente
coerente. Nunca deixa de ser burra.
SRN
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