Só
não é título de romance de Jorge Amado. Mas, é uma trama, que permanecerá sem
desfecho, enquanto não se fizer um trabalho de Memória da ditadura
militar-empresarial recente. Por que a vontade de um general ainda tem o poder
de vetar, proibindo a construção de um monumento em homenagem ao ex-Presidente
golpeado e derrubado, uma ação de um
governo perfeitamente legal pelas regras da Constituição?
Porque
o problema é sempre político, não jurídico. E justo pela pedra no passado
recente, na conciliação para evitar constrangimentos que hoje já não cabe mais,
haja vista Lobão, Roger, Bolsonaro e esses grupelhos fascistizantes das
patéticas manifestações de 15 de março e 16 de agosto últimos. O passado acabou
tornando-se imprevisível com o apagamento do que se viveu. Ele pode ser
qualquer coisa, na disputa de significado em que o papel da discussão pública,
da mídia, sobretudo, joga um papel decisivo no direito social que é o dever de
memória.
Enquanto
isso, Jango continuará sendo golpeado.
SRN
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