sábado, 22 de agosto de 2015

O Golpe e o Golpe de João Goulart

Só não é título de romance de Jorge Amado. Mas, é uma trama, que permanecerá sem desfecho, enquanto não se fizer um trabalho de Memória da ditadura militar-empresarial recente. Por que a vontade de um general ainda tem o poder de vetar, proibindo a construção de um monumento em homenagem ao ex-Presidente golpeado e derrubado, uma ação de um governo perfeitamente legal pelas regras da Constituição?

Porque o problema é sempre político, não jurídico. E justo pela pedra no passado recente, na conciliação para evitar constrangimentos que hoje já não cabe mais, haja vista Lobão, Roger, Bolsonaro e esses grupelhos fascistizantes das patéticas manifestações de 15 de março e 16 de agosto últimos. O passado acabou tornando-se imprevisível com o apagamento do que se viveu. Ele pode ser qualquer coisa, na disputa de significado em que o papel da discussão pública, da mídia, sobretudo, joga um papel decisivo no direito social que é o dever de memória.

Enquanto isso, Jango continuará sendo golpeado.


SRN


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