quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Não existe Fiat Elba na tela da ‘Mulher que Chora”



Por que há condições subjetivas pra se tentar o impeachment da Presidente?

Uma pergunta cuja resposta é muito mais importante do que a mesquinharia de tentar uma prova que fundamente a legalidade da abertura de um processo. Deixem isto com Cunha, Aécio, Sardenberg, Constantino, Azevedo e Ana Maria Braga.

FHC comprou um mandato, entregou o patrimônio nacional (quem vai a Volta Redonda sente a leviandade de se entregar uma cidade marco na nossa história econômica a um mero gerente financeiro, sob o argumento rasteiro da eficácia de fancaria) e continua pimpão sem nunca ter jogado no Botafogo.

O mensalão esteve a ponto de derrubar Lula, que, entretanto, soube encaminhar a inclusão via consumo, de um lado, e o rentismo, do outro, no enfrentamento da crise mundial montado nos containers das commodities ao agrado do capitalismo brasileiro. Não só reelegeu-se, como fez a Dilma.

Muitos votamos e fizemos campanha pro Lulismo não por fazer o que queríamos, mas o que achávamos que era o melhor que podíamos. Tudo bem, mas, por que hoje há e até há pouco não havia tamanha rejeição ao PT e à Dilma?

Já crescemos, lemos algumas orelhas de livros, acabamos percebendo que, se a mídia pode muito, não pode tudo. Na verdade, produzem evidências cada vez mais notórias de que não passam de artífices de imagens a serviço da dominação. No fundo, devemos agradecer a mediocridade de operadores como Bonner, Ratinho etc. Calculem se fossem sutis? Melhor ainda quando o conteúdo da imagem que confeccionam é o Cunha.

Não há nada de ilegal na Presidente. Também não parece haver perspectiva de mudança, amarrada que está com a manutenção da ordem. Ninguém mais legalista atuando em favor de um reformismo estagnado. Levy não deixa mentir.

Por isso, a crítica endereçada ao governo deve se tornar implacável, sem tréguas, quando dirigida a essa oposição que quer derrubá-lo. Temos a pior caricatura da história política. Aécio e Cunha são um símbolo que não há photoshop que viabilize. Mercadorias baratas, patéticas, que não precisam de luvas pra serem embaladas, pois quem as manipula não corre nenhum risco de contaminação.

Até a moralidade recorre a outras metáforas. Enquanto Lacerda fundava o “clube da lanterna”, como Diógenes, a lanterna em punho, em busca de um cidadão honesto, a de hoje busca a rola que o Boechat mandou.

Apenas o IPES continua o mesmo.

SRN

2 comentários:

  1. A rejeição ao PT já existe ha algum tempo. Infelizmente, foi necessário os escândalos de corrupção se avolumarem, para muitos perceberem que o assistencialismo eleitoreiro não compensa os prejuízos terríveis, oriundos dos constantes casos de "crimes do colarinho branco", e com isso, passarem a engrossar a rejeição.

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  2. A rejeição ao PT já existe ha algum tempo. Infelizmente, foi necessário os escândalos de corrupção se avolumarem, para muitos perceberem que o assistencialismo eleitoreiro não compensa os prejuízos terríveis, oriundos dos constantes casos de "crimes do colarinho branco", e com isso, passarem a engrossar a rejeição.

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