sexta-feira, 4 de março de 2016

"Fascismo"? "Golpe de Estado"? Quem sofre são os conceitos...



Surpreende ver a confusão conceitual vindo, sobretudo, de quem tem a obrigação de esclarecê-la. "Fascismo", "Golpe de Estado"? Vida que segue...
Mas, há também a compulsão por analogias. Vargas e seu suicídio são sempre as referências preferidas. Comparar o caso de Lula com Vargas não passa de forçada formalidade de elementos. Vargas, à época, representava, de fato, uma ameaça de autonomia em plena Guerra Fria. Além de ter deixado como herança apenas um apartamento adquirido durante tanto tempo de exercício do poder, como já demonstrou sua neta, a historiadora Celina Vargas (não falo da herança da família, a fazenda, do pai dele).Hoje, com a hegemonia estadunidense, temos uma economia que paga os maiores juros ao rentismo do planeta, precariza o trabalho,aumentou as tarifas públicas (quem está satisfeito com a conta da light?) propõe a contenção progressiva do salário mínimo, aceita abrir mão do monopólio da Petrobrás no pré-sal, esculhamba a Educação e a Pesquisa, com cortes de verbas e privilégios a parcerias com as empresas privadas. 

Confundir a defesa de Lula com a luta por barrar o avanço da direita parece piada de português.


Vida que segue, como dizia o Grande Comunista João Saldanha...

SRN



P.S. - É notória a sede da Globo no lulismo. Mas, nada tem de ideológico, como era o caso, no século passado com Brizola. Novamente, a analogia não cabe. A globo, bem como todos os capitalistas da comunicação e da imprensa, com a crise da atividade, que perde a capacidade de acumulação a cada dia pela Quarta Revolução Industrial, a da microinformática, queria, precisava desesperadamente de um PROER (o programa do Fernando Henrique pra salvar os bancos com dinheiro público), que não veio. Lula não autorizou a linha de crédito no BNDES. Este é o motivo. Se tivesse liberado, seria hoje o Gênio Político do Século XX.

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