Fernando
Henrique estava mais pro “bloco no poder” do que pra “teoria regional do
político” (a política com autonomia pra transformar o Estado pra além do
capital. Segundo Poulantzas, não se trata nem de Estado-classe nem de
Estado-sujeito, mas de Estado-relação, poroso à correlação de forças, em que a
crise não desemboca numa situação de duplo poder, o “Contra-Estado” de Lenin,
mas “a ruptura pode cruzar o interior do Estado”).
Prefere
o nosso Mazaropi de Nanterre sair de lona, ficando só com a defesa que Poulantzas
faz das qualidades da democracia representativa (pluralidade de partidos e
liberdades política e formal).
É
o tal negócio: conforme o papo entre H. Weber e Poulantzas, na revista “Teoria
& Política” de 82:
H.Weber:
“nas sociedades contemporâneas toda democracia é representativa [inclusive, a
direta, porque há também delegação]. A questão é saber se a forma de
representação é um abandono de poder ou uma real delegação de poder, com a
possibilidade de controle. Digo eu que as formas de democracia veiculadas pelas
tradições burguesas são abandono de poder.”
“Semipresidencialismo”
é golpe!
SRN
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