A
defesa acrítica da legalidade tem também implicações contrárias à boa intenção
dos próprios legalistas. Do jogo político, perfeitamente legitimado pelo
arcabouço legal (e que permite, por exemplo, um tipo como Cunha no comando de
um Poder fundamental da República), acaba por se produzir resultado inconteste.
Ou não é legal aquilo que resulta de mecanismos legais, rigorosamente
chancelados pelo STF, o guardião da Constituição?
Todo
o problema está no discurso de direita que empolgou e venceu no espaço público.
Como
conter, no limite, o ataque em curso aos Direitos Sociais da Constituição de
88?
Como
impedir que o Mazaropi de Nanterre articule a máxima que o orienta: “o Contrato
Social não cabe mais no PIB”?
SRN
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