Minha
interpretação é a de que Virgínia Fontes propõe uma sociologia das frações da
burguesia local, com ênfase nas consequências decorrentes da escala alcançada
pelo nível da acumulação. E aí uma ilação que me ocorreu: quando ela conclui da
possibilidade de um deslocamento da luta para a esfera política institucional
significa que já conta como dada a remoção do governo Dilma e a perspectiva
real do "semipresidencialismo' e a necessidade de atualização do modelo da
"revolução democrático-burguesa", agora viável em virtude justamente
das consequências daquela escala de acumulação que teria alijado e realinhado
uma suposta fração burguesa em torno de um eventual interesse num suposto
desenvolvimento nacional? Seria o retorno do "etapismo"? Mas não foi
exatamente a colaboração de classes do Partidão que recebeu a pá de cal
histórica com o lulopetismo? Ou estaria Virgínia pensando no Estado-relação,
atravessado por possibilidades de ruptura, de Poulantzas? Ou será que não é nem uma coisa nem outra?
SRN
Virgínia Fontes inquieta-se com as divisões divisões da burguesia brasileira e interroga-se sobre a hegemonia de sua fração paulista.
"A maioria numérica da bu...
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