sábado, 21 de março de 2015

Como institucionalizar a discussão do papel da mídia?



A guerrilha de facebook fustiga, mas não organiza. A discussão crítica do papel da mídia tem de se institucionalizar. E o problema da institucionalização bate direto no Eduardo Cunha e no Renan Calheiros. Com um Congresso dos mais reacionários, como alcançar um espaço público de poder capaz de discutir criticamente o papel da mídia?

Outra coisa que também não ajuda é a contribuição da militância petista na ratificação de um terceiro turno. Refiro-me às respostas que dá. Cheguei a ler, ontem, numa postagem de um dos blogs da militância digital um contraponto entre a maravilha da ação do Ministério dos Esportes, pelo sucesso da organização da Copa, uns trocados gastos em face da corrupção pavorosa que o PSDB bancou na Petrobras.

É triste prum Rubro-Negro que vive com saudade do MARACANÃ, em caixa alta, e que vê o processo de afastamento popular das “arenas” de shopping em que se transformam os estádios - de que o maracanã, em caixa baixa, é o maior exemplo - e que contou com a colaboração do Ministério dos Esportes, ao lado de CBF, Blatter, Marin e vírus anexos, na organização de uma copa que não deveria ter sido feita nos termos em que vimos, independente do grande futebol praticado como há muito não vemos.

Um argumento de defesa como este desqualifica mais do que qualquer ataque tucano. Indispensável um espaço democrático para além do Fla x Flu. É preciso denunciar a situação de refém em que se encontra o governo. É o melhor do mundo tanto para a direita, que não precisa derrubá-la, quanto pros achacadores fisiológicos que arrancam o que puder em nome da "governabilidade". Ou alguém acredita que o negócio do Eduardo Cunha e do Renan Calheiros não é outro senão criar dificuldade pra vender caro a concessão adiante?

Na minha opinião, como qualquer outra, é a de que devemos lutar por um espaço crítico que não criminalize as divergências. Isso significa enfrentar os problemas com maturidade, o que, às vezes, dói.

SRN


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