A
guerrilha de facebook fustiga, mas não organiza. A discussão crítica do papel
da mídia tem de se institucionalizar. E o problema da institucionalização bate
direto no Eduardo Cunha e no Renan Calheiros. Com um Congresso dos mais
reacionários, como alcançar um espaço público de poder capaz de discutir
criticamente o papel da mídia?
Outra
coisa que também não ajuda é a contribuição da militância petista na
ratificação de um terceiro turno. Refiro-me às respostas que dá. Cheguei a ler,
ontem, numa postagem de um dos blogs da militância digital um contraponto entre
a maravilha da ação do Ministério dos Esportes, pelo sucesso da organização da
Copa, uns trocados gastos em face da corrupção pavorosa que o PSDB bancou na
Petrobras.
É
triste prum Rubro-Negro que vive com saudade do MARACANÃ, em caixa alta, e que
vê o processo de afastamento popular das “arenas” de shopping em que se
transformam os estádios - de que o maracanã, em caixa baixa, é o maior exemplo
- e que contou com a colaboração do Ministério dos Esportes, ao lado de CBF,
Blatter, Marin e vírus anexos, na organização de uma copa que não deveria ter
sido feita nos termos em que vimos, independente do grande futebol praticado como
há muito não vemos.
Um argumento de defesa como este desqualifica mais do que qualquer ataque tucano. Indispensável um espaço democrático para além do Fla x Flu. É preciso denunciar a situação de refém em que se encontra o governo. É o melhor do mundo tanto para a direita, que não precisa derrubá-la, quanto pros achacadores fisiológicos que arrancam o que puder em nome da "governabilidade". Ou alguém acredita que o negócio do Eduardo Cunha e do Renan Calheiros não é outro senão criar dificuldade pra vender caro a concessão adiante?
Na
minha opinião, como qualquer outra, é a de que devemos lutar por um espaço
crítico que não criminalize as divergências. Isso significa enfrentar os problemas
com maturidade, o que, às vezes, dói.
SRN
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