Thomas
Traumann, Ministro da Secretaria de Comunicação Social (SECOM), produziu um
relatório político, porque se tornou público, e que nada tem de explosivo, como
pretende a grande mídia.
O
ponto central, pelo que se divulgou, demonstra justo o que pode fazer em
matéria de desestabilização uma mídia golpista como a que temos:
“Em
qualquer caos político, há sempre um que aponte ‘a culpa é da comunicação’.
Desta vez, não há dúvidas de que a comunicação foi errada e errática. Mas a
crise é maior do que isso.”
De
fato, Levy e Kátia Abreu, além das MPs 664 e 665, de 30 de dezembro de 2014,
imediatamente aceitas pelo ardiloso Renan Calheiros, que fragilizam o mundo do
trabalho em contexto econômico difícil, não são justificáveis, mesmo com toda
cantilena dos mantras clássicos: “acalmar o mercado” e “criar condições de
governabilidade”.
“Uma
coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, como diria o outro. Agora, associar
manifestações proto-fascistas, com pedidos de violações dos direitos civis,
tortura, assassinatos e rancores psicanalíticos de classe média alta paulistana
com “democracia tem novo 15 de março” não é o exercício “do pleno direito de
informar”. O próprio tom da matéria sobre o relatório do Ministro da SECOM revela
um esforço de forjar um Watergate fuleiro.
Não
se irá discutir nada com lucidez sem que se mexa, de imediato, no atual sistema
de comunicações do país, justamente pra concordar com o Ministro de que “a
crise é maior do que isso”.
SRN
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