quinta-feira, 19 de março de 2015

Relatório Traumann



Thomas Traumann, Ministro da Secretaria de Comunicação Social (SECOM), produziu um relatório político, porque se tornou público, e que nada tem de explosivo, como pretende a grande mídia.

O ponto central, pelo que se divulgou, demonstra justo o que pode fazer em matéria de desestabilização uma mídia golpista como a que temos:

“Em qualquer caos político, há sempre um que aponte ‘a culpa é da comunicação’. Desta vez, não há dúvidas de que a comunicação foi errada e errática. Mas a crise é maior do que isso.”

De fato, Levy e Kátia Abreu, além das MPs 664 e 665, de 30 de dezembro de 2014, imediatamente aceitas pelo ardiloso Renan Calheiros, que fragilizam o mundo do trabalho em contexto econômico difícil, não são justificáveis, mesmo com toda cantilena dos mantras clássicos: “acalmar o mercado” e “criar condições de governabilidade”.

“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, como diria o outro. Agora, associar manifestações proto-fascistas, com pedidos de violações dos direitos civis, tortura, assassinatos e rancores psicanalíticos de classe média alta paulistana com “democracia tem novo 15 de março” não é o exercício “do pleno direito de informar”. O próprio tom da matéria sobre o relatório do Ministro da SECOM revela um esforço de forjar um Watergate fuleiro.  

Não se irá discutir nada com lucidez sem que se mexa, de imediato, no atual sistema de comunicações do país, justamente pra concordar com o Ministro de que “a crise é maior do que isso”.


SRN

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