O
campeonato de besteiras, verificado nas faixas e cartazes bem confeccionados de
ontem, surpreende a cada imagem divulgada. Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte
Preta, teria material disponível prum ano
inteiro de Febeapá. Mas, não há graça capaz de dar conta da vilania dessas
organizações empresariais de comunicação.
Os
ataques a Paulo Freire, expressão maior do obscurantismo de ontem, servem ao
menos para que o seu nome e obra alcancem o senso comum dos que, de boa fé,
acabaram instrumentalizados nesse domingo.
A
crítica à educação bancária que propunha era contra a condição de receptáculo à
que se reduzia o aluno sentado num banco recebendo acriticamente toda a sorte
de conteúdo quase sempre desligado de sua própria realidade de vida. O que interessa
se o vovô viu a uva, se não temos avô nem nunca comemos uva?
Paulo
Freire, sem que esses incautos soubessem, retorna com uma oportunidade capaz de
lhes expor a ignorância, como o registro que fazia separando a tolerância com a
diferença do combate firme ao antagônico que exclui, aparta e elimina,
autoritariamente.
Temos
de ter tolerância com os pobres mentais instrumentalizados, mas não dá pra ser
mais leniente com os que conceberam e orientaram a produção das faixas e
cartazes, cuja intenção é fabricar e acirrar crises, semeando a insegurança,
para lucros golpistas.
Uma
das fontes desses cartazes está justo nessas organizações empresariais de
comunicação, capazes de manchetes como esta:
“Democracia
tem novo 15 de março”
SRN
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