Penso
que não é esta a pergunta a ser feita. E a história comparada com 64 vale pela
diacronia, pelos elementos que atravessam o tempo, adaptando-se. O que havia
ontem e que não temos hoje – e que faz muita diferença – é a Guerra Fria. Em
64, havia uma premissa maior que, em seu auge, fazia o resto parecer mero
desdobramento.
Não
temos problemas na área militar, à época completamente radicalizada contra o ‘inimigo
interno vermelho”, hoje, amadurecida, tranquila, profissional e constitucional.
Não
temos também uma mobilização de caráter trabalhista por reformas de base. Ao
contrário, quem mais mobiliza hoje é alguma coisa análoga à “Marcha com Deus
pela Família e Propriedade”.
Outro
elemento semelhante, diacrônico, são as organizações empresariais de
comunicação que fazem agora um papel semelhante ao dos institutos IPES e IBAD,
comando orgânico dos golpistas, em 64.
Indispensável,
portanto, repetir como um mantra: a principal luta hoje é disciplinar, sob
marco regulatório, a atuação dessas organizações empresariais de comunicação.
SRN
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