sexta-feira, 13 de março de 2015

"Jango e o Golpe de 1964 na Caricatura"


Nenhum problema em ser reacionário. Neste livro de um PESQUISADOR, de fato, sério, é possível ver o comportamento dos cartunistas no ambiente pré-golpe. Hilde e Brigante, por exemplo, defendiam abertamente a intervenção militar, reforçando a opinião dos jornalões onde trabalhavam. Mas, ninguém ficava neném-dodói nem buscava cumplicidade sob a capa ridícula da "liberdade de expressão". Assumiam as posições. É o caso agora: muito mais importante do que qualquer solidariedade com interesses privados é o compromisso com um espaço público que não criminalize a divergência, como se o que se publica no Globo, Folha, Estadão fosse algo do mesmo peso que se publica em grupo de facebook ou jornal de bairro. Não é. Das duas, uma: ou somos ingênuos, o que é ridículo pra quem tem obrigação profissional de saber como a banda toca, ou então, é, de fato, cumplicidade que não obriga a ninguém que não seja parente ou amigo.

SRN


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