domingo, 8 de março de 2015

Nadir Medeiros

1980 ou 1981:

“Antônio Máximo, por favor. Entrega da editora Record.”

Era a coleção completa de Graciliano Ramos, os 12 volumes, incluindo o que, à época era inédito, um volume com as cartas pessoais de Graciliano. Um cuidado que já se revelara, quando moleque, me dando gibis, que eu tentava copiar deitado no chão, a caixa de lápis de cor e uma bola do lado. Mais tarde, entrando na adolescência, a coleção completa de Jorge Amado, o que era uma maravilha pra aderir de vez ao gosto pela leitura com toda aquela sensualidade de que todo moleque sempre gosta.

Fora o fato das aulas de análise sintática, hoje tão desvalorizada, sob o argumento do predomínio da comunicação (está certo, vai aqui um certo conservadorismo...), da grande professora de português, formada no antigo Instituto de Educação, das famosas normalistas, da Mariz Barros. Ainda veio, adiante a filosofia, e a faculdade de Direito, em 58, “anos dourados”, ali no Campo de Santana, aluna de, entre outros, Hermes Lima e Afonso Arinos.

Viva como uma moça, conforme verificamos sempre, nas visitas que lhe fazemos no Jardim Guanabara, na Ilha.


SRN, Minha Tia


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